Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bienal do livro

Fiquei satisfeita com a visita à Bienal. Apreciei a variedade de editoras com suas obras maravilhosas, outras nem tanto, de acordo com meu humilde repertório literário. O acesso à livros infantis encheu meus olhos de desejo e assim, adquiri alguns exemplares com vontade em adquirir todos. Garimpando, encontra-se obras interessantes como o livro das mágicas, muito curioso porque ao folheá-lo pela primeira vez encontram-se páginas totalmente em branco. Na segunda e terceira folheada, figuras em branco e preto e após, coloridas! Um divertimento. E o melhor, a cinco reais! Algumas obras eu tive vontade comprar mas contive meus impulsos por agir racionalmente, considerando que tenho cinco livros na fila para leitura. Imagine que vi o Ziraldo, aquele do Maluquinho! Uma pena não ter visto Maurício de Sousa devido ao tamanho do lugar! Enfim, minha satisfação foi maior do que quando retornei da FLIP, cuja livraria era de médio porte (se comparada aos estandes da bienal) porém, a única. Tudo bem, o que vale é a vivência. Mas a pipoquinha doce (de máquina) da bienal é tudo de bom!

domingo, 15 de agosto de 2010

Espinhos da Coordenação

A coordenação desperta em mim a visão sobre a necessidade do registro profissional, tanto como respaldo como formalização do acompanhamento pedagógico/didático. Como registros, lanço mão de visitas em sala de aula, verificação do semanário/caderno do aluno confrontado com o plano de ensino, diário de classe (registro dos conteúdos), pesquisa de satisfação sobre HTPC, levantamento de estratégias utilizadas durante o bimestre (lista com estratégias variadas divididas por eixos de trabalho sendo que o professor deverá assinalar as que foram exploradas ou não), além de outro espaço em que o professor deverá anotar o tratamento dispensado ao conteúdo: se foi trabalhado total ou parcial e, no caso de não ter concluído o planejamento, qual foi o conteúdo. Consolido meus registros de maneira pontual e gradual, a fim de mapear o processo pedagógico. Porém, mesmo com o cuidado em não invadir a fronteira pessoal, isto pode acontecer. Se observo a prática e acredito ser necessária alguma intervenção, naturalmente devo fazê-la formal ou informalmente. Cada professor aponta um perfil diferenciado de trabalho: uns dão mais ênfase ao registro de atividades e a devida intervenção, outros entendem que a expressão corporal é de suma importância na educação infantil e, outros apostam na silabação e raciocínio lógico de forma sequenciada. Analiso os resultados. O importante é que a criança seja valorizada como ser pensante, sendo desafiada a produzir cada vez mais, apropriando-se do conhecimento. Quando o professor crê que a criança deve sair da EI necessariamente no nível silábico-alfabético, por exemplo, deixa de considerar situações individuais como maturidade, incentivo e cultura familiar, estimulando a contraprodução pelo aluno, bem como estigmatizando sua defasagem. Ora, se devo tratar cada professor como ser único, respeitando sua individualidade, por quê com o aluno deveria ser diferente? Prefiro considerar um trabalho silabado (qual o significado da sílaba DA para uma criança? DANONE tem um significado, a sílaba DA sozinha, o que é?) a ver uma professora ridicularizando uma criança. Mas, retomando, devo interferir no trabalho do professor, mesmo sabendo que o mesmo não mudará sua prática ou deixar pra lá evitando desconforto profissional? Isto tem me incomodado muito...