Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nossa FLIC

Óh bendito o que semeia livros
Livros à mão cheia - e faz o povo pensar.
O livro caindo n'alma
É germe que faz a palma
é chuva que faz o mar!

Palavras tão sábias deixadas pelo poeta abolicionista Castro Alves em sua breve passagem pela vida, cuja visão retrata com profundidade e sabedoria a magnitude da essência humana exercida sobre nós, pela literatura. Não são poucos os momentos que nos deparamos sendo dominados pela ânsia de saciar nosso espírito com alimentos que contém substâncias (como diria minha mãe: sustânça!) necessárias ao bom desenvolvimento do intelecto e que proporcionam um prazer infindável.
Somos nós tomados por um êxtase quando revisitamos um livro visto na infância, outro que remeta a uma paixão, a adolescência (lembram-se da Coleção Vagalume? Li vários!). Há aqueles que, devido à edições revistas mudam de capa, textura, espessura do papel - por vezes invocamos que aquela não é a versão original, nos intrigam. Essa relação de amor, paixão, domínio sobre o que se pode e deve-se ler agrega valor sentimental à ação, preenchendo um espaço reservado láááááá no coração, em que inconcientemente, na briga entre mente e coração, atendem à demandas latentes de saciedade sobre algo que necessita ser resolvido. Neste viés, lembro da psicanálise sobre os contos de fadas e da necessidade em se contar fielmente versões originais deste gênero literário e suas implicações sobre o inconsciente, mas isso fica para outro momento.
Enfim, com vistas a despertar e proporcionar momentos de intenso estímulo sobre o binômio educação e cultura, a educação de Caraguatatuba em parceria com a Fundação Cultural mobilizou-se com ações literárias simultâneas ocorridas nas unidades escolares e Teatro Mário Covas que mais uma vez, fez de mim uma pessoa completamente envolvida e apaixonada pela minha profissão.
PARABÉNS À TODOS OS PROFESSORES, EQUIPES GESTORAS, FUNCIONÁRIOS, SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO E CULTURA, SOCIEDADE EM GERAL E EM ESPECIAL, À CRIANÇA, POR QUEM LUTAMOS E ENTREGAMOS ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE NOSSO SUOR, POR UMA FELICIDADE SEM FIM!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FLIC

Todos estão convocados a participar da Feira Literária de Caraguatatuba.
As ações já estão acontecendo nas escolas, é só conferir!


5ª, 6ª e sábado no Teatro Mário Covas
Vai bombar!

sábado, 17 de setembro de 2011

Como posso provar que eu sou eu?

Precisei sacar um dindin no banco e por ultrapassar o valor no caixa eletrônico, enfrentei fila e, chegando a minha vez de ser atendida, recebi a notícia de que não poderia sacar porque minha assinatura não correspondia à assinatura registrada no momento da abertura da conta, há anos atrás. Fui encaminhada à agência matriz e a contragosto assim o fiz. Não é que nesta agência a assinatura também apresentou o mesmo problema mesmo verificando o CPF, o RG, conferindo minha face com a foto deste documento o caixa ainda não acreditou, é mole? Então, fiz uma pergunta que me intrigou: COMO POSSO PROVAR QUE EU SOU EU? Se os profissionais quisessem continuar com a insistência em não me permitir resgatar meu próprio suor, como poderia provar minha identidade já que documentos não foram suficientes para fazê-lo? Como poderia retirar uma máscara sem ao menos tê-la? Desesperadamente procurei uma solução: um DNA talvez? Alguém que me conheça e comprove minha identidade? Chamo a polícia? Quem poderá me defender? Chapolin Colorado? O caso foi parar na gerência que, sem mesmo deslocar-se do seu local ou levantar seu olhar para passar um raio X sobre a minha pessoa, autorizou a transação.

Já na pós graduação, como há filósofos entre nós, houve uma breve discussão sobre e o consenso foi o seguinte: Quem atribui à mim minha própria identidade é o outro. Ele sim pode afirmar se outro ser está ou não se passando por mim. Percebo que após passar pela fase de anomia, em que, mesmo vivendo num mundo repleto de regras, a criança não tem consciência da própria ação, pois o mundo gira em torno dela mesma, o caminho para a heteronomia, fase em que reconhece as regras, sabe como deve ou não se comportar, inicia sua independência e atinge a autonomia, apropriando-se dela gradativamente.

Continua...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Débora

Veio ao mundo em 1976;
Formada em Magistério e Pedagogia;
Pós-graduanda em Ética, Valores e Cidadania na escola - USP;
Separada;
Professora Adjunto II, Professora de Educação Infantil;
Coordenadora de Formação para professores de Educação Infantil;
Não pinta;
Não borda;
Gostaria de manter o peso comendo chocolate;
Tem dois filhos;
Acha que não tem TPM;
Filha única entre dois irmãos;
Tem muita fé;
Tem o dom de causar polêmicas;
É independente;
Adora regras;
Quer viajar para a Itália;
Tem senso de humor;
Está em processo de metamorfose;
Nasceu mais pra mandar que ser mandada;
Sabe o que quer;
Dúvida: não é com ela;
Não fala palavrão;
Tenta não falar pelos cotovelos;
Adora seus quatro cachorros;
Não acumula coisas - só livros;
Odeia pagode, axé e sertaneja;

Hobby: dança do ventre;
Gosta de ouvir rock, reggae, MPB, gospel;

Detesta serviço doméstico;
Adora almoçar fora;
Não sabe bajular;
Fala sozinha;
Fala com coisas;
Fala com Deus;
Dirige porque não tem um motorista;
Serve de motorista para os filhos;
Queria ser rica - só um pouquinho;
Não tem ciúmes;
Não é dependente do celular;
Já xingou muito a internet discada;
Usou roupa preta na adolescência;
Detesta cigarro;
Nunca usou drogas (consideradas drogas);
Não bebe nada;
Fez uma tatuagem com 14 anos;
Pensa em refazê-la;
Tem um pai que é nota 1000!
Tem uma mãe que faz bem feito tudo que quer fazer;
Foi apaixonada por surf embora nem saiba nadar;
Sente-se frustrada por não dar conta de tanta coisa;
Procura ter paciência com gente lerda;

Tem muita conta pra pagar;
Precisa gastar menos;
Paga mais pelo bom atendimento;

Adora presentear - precisa praticar mais;
Adora viajar - está aprendendo;
Odeia gente que quer tirar vantagem;
Acredita que o sol nasce para todos;
Chora pouco;
Defende seu ponto de vista;
Gosta de gente folgada bem longe;
Está na melhor fase de sua vida;
Não gostaria de voltar no tempo;
Não deseja o mal para ninguém;
Vive feliz, exatamente como é!
Espera resolver algumas pendências;
Ama a Deus!
Ama seus filhos!
Ama seus pais!
Ama seus irmãos e sobrinho!
Ama a infância!
Ama a VIDA!
 By Panelaterapia

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aprender a Ser



A detecção de movimentos desarticulados na ação pedagógica inerentes à rotina escolar leva o educador atento, junto à equipe gestora, a buscar soluções que foram mapeadas como necessárias à reformulação. Um ponto nevrálgico na maioria das unidades escolares que atendem uma demanda considerável de alunos da rede pública é o horário do recreio. Quem nunca teve problemas em articular horários, utilização dos espaços, adequação à quantidade de salas e integração de faixas etárias? O momento do recreio contempla na maioria das vezes, o momento da alimentação e da recreação, orientada ou não. Em nossa unidade não foi diferente, embora a quantidade de alunos por turma não fosse elevada, como em tantas outras. Percebemos que durante este momento as crianças ficavam agitadas, comiam às pressas e saíam correndo para o "abraço". O inspetor ficava um tanto quanto frustrado com tantas crianças e suas necessidades em extravasar sua energia acumulada em sala de aula, especialmente diante daquele professor que resistia em dinamizar sua aula, aspecto que também não passava em branco por mim, enquanto coordenadora. O fato é que tal situação já havia sido debatida em HTPC, abordada por mim e pela diretora e era uma situação que incomodava à todos. Mobilização: Como fazer para melhorar a recreação sem comprometer o momento que deve ser tranquilo para alimentação, evitando o desperdício, desenvolvendo atitudes apropriadas à mesa, bem como receber o acompanhamento do educador, com olhos atentos à sua turma, atuando diretamente sobre a necessidade momentânea? Como proporcionar à criança um momento de desgaste de energia sem, contudo, deixar de oferecer qualidade de atendimento à infância, já que o brincar é a essência infantil? Enfim, chegou a hora de ajustar-se os ponteiros: tivemos que desestruturar o encontro de professores durante este horário. Obviamente tal ação provocou um certo desconforto, não só em mim, como também nos professores. O horário de recreio é aquele em que, como professores, falamos de nossas ações, dos alunos, dos filhos, da coordenadora e diretora - não é gostoso? O fato é que eu tinha um lema em nossa escola: FAZER A CRIANÇA FELIZ!, e, neste caso, precisava assegurá-lo. Fazer a criança feliz implica instituir algumas regras para melhorar o atendimento, reorganizar espaços e horários, remanejar funcionários de acordo com o perfil, polemizar a zona de conforto, que neste caso, era fragmentar o horário de recreio, para que o professor acompanhasse sua turma durante a alimentação, orientando-a, garantindo a tranquilidade para tal momento. Houve uma adequação sugerida por uma professora: que se trocasse o uso da colher por garfo e faca, o que foi aceito de imediato. Após o término da alimentação, a professora descansaria por quinze minutos, momento em que o inspetor faria atividade dirigida com as crianças. Pronto! Estava reorganizado nosso recreio, o que foi uma conquista para todos: o desperdício desapareceu, as crianças tiveram momento de escuta de maneira mais intensa dada a quantidade menor de crianças, as atividades recreativas foram prazerosas, solidificando o desenvolvimento autônomo, motor, linguístico, nutricional, estreitando relações entre as crianças e adultos.


Nossa tarefa é mudar os nossos pensamentos limitadores para poder elaborar novos e melhores planos que nos permitam ver a vida em sua dimensão real.

Alfredo Diez

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Seminário Internacional

Fiquei satisfeita mais uma vez em participar de um evento de qualidade em BH. A propósito, preciso elogiar os mineiros: que povo mais educado e gentil! Amei a cidade, as pessoas são  alegres, cheias de vida. Conheci alguns lugares agradabilíssimos como o Museu do Metal, cuja qualidade e variedade de suportes tecnológicos me surpreenderam. A sonorização do ambiente também foi outro aspecto que me chamou a atenção. Os administradores estão de parabéns! O planetário, ah o planetário! Fiquei com remorso por meus filhos não estarem lá, que espaço rico! Aponta processos ambientais, composições e características dos planetas, enfim... Os murais são lindos! A exposição sobre a biodiversidade, também apresentou uma qualidade invejável! Amei a igrejinha projetada por Oscar Niemeyer decorada com obras de Candido Portinari à beira da lagoa da Pampulha. A emoção é inigualável! Agora, ô lugar para ter ladeiras! As atrações são longe uma das outras o que obriga o uso constante de táxi, o que me incomodou um pouquinho... A universidade FUMEC, local em que participei do seminário também não deixou a desejar. Gostei do dinamismo dos estudantes e às 22h13, hora em que a palestra terminou no dia 12, a rua era uma danceteria ambulante, muita gente e barulho. Achei bonito tanta festa, já que não estou acostumada com isso, ao contrário, estava me tornando anti-social. Enfim, vivi nestes dias algumas aventuras engraçadas, fiz amizade com uma diretora de Brumadinho, gente boa! Amei ainda mais a abordagem reggiana e tão breve possa, viajarei para conferí-la de pertinho. A apresentação musical que as crianças do Balão Vermelho fizeram interpretando os Beatles foi muito linda. Que bom que as crianças podem vivenciar práticas tão maravilhosas. 
Entrada do planetário
Museu do Metal
Observatório de pedras preciosas
Igreja projetada por Oscar Niemeyer com obras de Candido Portinari

Atelierista italiano Lanfranco Bassi e a intérprete
A documentação pedagógica em Reggio Emilia

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quando vi, já era...

A imaturidade muitas vezes destina nossa vida e profissão de maneira acertiva, ou não. Cabe a cada um intervir no próprio caminho buscando rotas alternativas a fim de contornar situações acidentais, fortalecendo a fé naquilo que se almeja alcançar. Por quê muitas pessoas desistem quando deparam-se com pedras, mesmo as mais pequenas? Porque são fracas? Porque a vida é injusta com elas? Será Deus um ser impiedoso? Há uma meta a ser atingida em sua vida? Ponto positivo. Estoy haciendo juicios de valor? Apenas reflito sobre o motivo para que a parte da humanidade atendida assistencialmente seja diferente perante a lei. A Carta Magna que rege nossas ações e atitudes apregoa em seu 5º artigo que "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...". A humildade com que construo esta análise cede espaço a um pensamento próprio que me permite questionar: somos todos iguais - isso está posto pelas letras. Há igualdade entre seres que em situações extremas de sobrevivência apontam dedicação, iniciativa, sacrifício, abnegação, estímulo, persistência, motivação contrapondo tais características substantivas à pessoas supostamente iguais? Nosso contexto social tem transparecido a referida circunstância? A inversão de valores supostamente denota-se como contraponto ao artigo quinto. Não, quinto dos infernos seria conceder abertura à intriga da oposição. Minha análise está fundamentada em uma experiência pessoal e agora intolerante em relação à necessidades de mão de obra. Tenho conversado sobre e há unanimidade quase que plena, pois a comodidade de infinitas possibilidades para  recebimentos assistenciais/governamentais acomodam por exemplo, boa parte de possíveis secretárias do lar, a se submeterem, como todos em seus postos profissionais, independente do escalão, a assimirem éticamente tal responsabilidade. Sua pseudo-sobrevivência está garantida pelas pseudo-ajudas ao passo que, nosso representante, o senhor Estado, administra utilizando nosso capital, o financiamento de tais proposituras, já que os impotos retidos em nossa fonte não são opcionais. O que fazer então? Simplesmente deixar rolar, amigo? Como posso atribuir certeza a tão polêmica questão? O fato é que, graças a Deus, para efeito de psedo-dignidade, quando vi, já era. Aconteceu como o meu casamento. Quando vi, já estava casada. Quando vi, já era professora.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reggio Emilia

Falaria coisas que ouvi e algumas que li sobre Loris Malaguzzi, as cem linguagens da criança, enfim. Penso que as imagens traduzem a filosofia educacional em questão e apontam realidades que não são comuns à nossa prática, mas que poderiam ser tomadas como exemplo, por pouco que fosse:

domingo, 31 de julho de 2011

Reggio Emilia

Estou maravilhada com as concepções de autonomia e confiança à criança que representantes das escolas municipais Reggio Chidren apresentou no XVIII Congresso de Educação Infantil -OMEP que aconteceu nos dias 28, 29 e 30 na Faculdade Anhembi Morumbi. Os palestrantes foram concisos e pontuais relativos à aspectos imprescindíveis na infância. Detalharei mais adiante meu contentamento...

domingo, 24 de julho de 2011

Formação ADIs e professores

Na última quinta e sexta-feiras oferecemos na secretaria da educação a formação para os professores e ADIs  admitidos por concurso público e, no caso dos ADIs, de 300 vagas no concurso, apenas 45 foram aprovados, obrigando a secretaria a continuar com o contrato da maioria. Durante estes dois dias, tratamos de assuntos pertinentes à educação infantil desta rede  pública, a fim de articular ações que favoreçam o atendimento de qualidade. O tempo e a utilização dos espaços (áreas expressivas e cantinhos) - o brincar, a postura ideal do profissional de educação infantil, políticas públicas para a educação, música, movimento, literatura e natureza e sociedade foram explorados de maneira bastante suscinta dados a complexidade e o tempo escasso. O envolvimento foi produtivo, os coordenadores também participaram, bem como alguns representantes da supervisão.
Minha fala baseou-se fundamentalmente na credibilidade que o educador deve transmitir à comunidade escolar e no conhecimento que deve aprimorar constantemente, substanciando sua prática. Nesse viés, fatalmente atribuirá o merecido valor que a educação deve ter, além de apontar a educação infantil como imprescindível à criança, haja visto o que inúmeras pesquisas já apontam: a criança que frequenta a escola neste período da infância, terá mais chance  de ser um profissional de sucesso no futuro, se comparado àquela que não teve a mesma oportunidade. Além disso, saliento que há pouco tempo atrás, mesmo nós professores, ainda mantínhamos a concepção de que não era saudável a família depositar a educação do filho à escola desde cedo, ainda mais se este não tivesse ocupação. Hoje, a creche não atende apenas pais que trabalham. Do que a família ocupa-se durante o período que a criança passa na escola não diz respeito à mim. Minha obrigação é fazer até o impossível para que a criança que está sobre minha responsabilidade desenvolva-se integralmente. O que devo ter em mente é que a relação saudável que estabeçeço com a família apenas contribui com o meu trabalho. Rosto sisudo, mal humor, reclamações constantes no momento da saída são aspectos que distanciam o pai da escola e, consequentemente, um possível vínculo que certamente refletiria em ganho tanto para a escola, como para a criança, que é o motivo de nossa profissão. É sabido que a família necessita ter o elo estruturado, pois sabemos que o amor, o carinho e o cuidado são imprescindíveis à criança. Enfim, concluímos esta formação satisfeitíssimas e esperançosas de que tais concepções surtam efeito na escola e que, acima de tudo, o carinho, o tato, o respeito à expressividade infantil sejam enfatizados como uma premissa.

domingo, 10 de julho de 2011

A música é a mistura de bandeiras. O som não tem fronteiras. É made in coração. Toquinho

Minha colega Débora Gil disse acertivamente que o caderno de capa preta era o meu. Claro que acertou. Mas não acreditou nesta introdução que fiz: conforme abre-se o caderno, o violino se movimenta. Sinceramente, eu mesma achei que não fosse capaz de fazê-lo.

sábado, 9 de julho de 2011

Música I

O tema MÚSICA, abordado com quatro turmas na formação foi efusivamente explorado com o objetivo de apontar os benefícios recorrentes do trabalho com intencionalidade. Planejar uma aula de Música tendo-a como foco, respeitando a matriz curricular demanda um certo trabalho, uma vez que a prática pedagógica mais comum é cantar rotineiramente musiquinhas escolares, às vezes acompanhadas por gestos, em datas comemorativas ou outro. Mas, abordar a Música segundo aspectos reflexivos inerentes à este eixo, apresentando cantores, compositores, música clássica, instrumentos musicais (inclusive até confeccionando-os), envolver a família/comunidade, levantando possíveis músicos, convidando-os a apresentarem-se em sala de aula, não é tão comum. Esta prática, é considerada por mim como inovadora, tendo em vista não ser usual. Além disso tudo, há de se lembrar também que mensagens contidas nas letras também devem ser observadas pelo professor, analisando a forma adequada de exploração com as crianças, evitando enfatizar estereótipos, preconceitos ou algo do gênero.
O fato é que recebemos durante as formações, o músico Ed, filho de minha colega formadora, que engrandeceu tais momentos.
Como atividade complementar, solicitamos a três turmas que construíssem um caderno de música, nos moldes do que confeccionávamos no antigo magistério (que saudades!), que, além de condensar músicas em um único recurso, ainda serviria de instrumento de curiosidade e consequentemente de aprendizado às crianças. Fiquei tão feliz com o resultado que resolvi postar alguns neste espaço. Não sou demagoga, portanto posso afirmar que me surpreendi com alguns professores que, considerados um tanto quanto resistentes, também elaboraram à sua forma, os cadernos. Parabéns à todos, sem exceção. Não considero o termo resistente neste caso, como sendo pejorativo/negativo e sim, que dependendo da situação, preferem permanecer na zona de conforto, pensando que poderiam já, ter vivido muitas situações não muito agradáveis. Não é que devagarzinho as coisas vão se ajeitando?
Espero ser compreendida ao ousar postar alguns dos resultados, pois são muito satisfatórios para mim, enquanto formadora. Mais uma vez, parabéns à todos os professores!
Alguns cadernos estão completos, outros ainda precisam de mais músicas, mas, a dedicação ao preparar alguns detalhes, imprimiu uma marca feliz! Até eu construí um caderno, e teve gente que não acreditou que eu mesma tivesse feito, uma vez que não domino técnicas artísticas. A vontade me motivou a aprender alguma coisa.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Profª Maira
  
Olhem o relato, que graça!

Profª Marlene
Profª Angelita
Profª Eliete

Profª Simone
 
Profª Fernanda

Profª Luana

Profª Maria Rosa
Profª Tatiane
Profª Emilene
 
Profª Maria Aparecida
Olhem que ideia bárbara. Claro que já copiei, né!
Profª Lucimara
Caderno de brochura revestido com papelão - o caderno ficou resistente e super leve, não é de surpreender?
Profº Ivair
Profª Elisangela - formadora - minha companheira

sábado, 18 de junho de 2011

Minha cabeça anda quente com tanta informação e conhecimento que tenho buscado para fundamentar minha prática. Mas, quanto mais estudo, mais percebo que não sei nada. Que sensação de impotência! Tenho vontade de ler tudo ao mesmo tempo, que loucura! Encontrei um site para troca de livros superinteressante que tem como finalidade, contribuir com a expansão da leitura. Você se cadastra, cadastra seus livros que já tenham lhe acrescentado conhecimentos e, assim que alguém solicitar um livro seu, automaticamente você tem direito a um livro de sua escolha. Já recebi três livros gratuitamente pelo Livralivro após ter enviado três. Somente paguei para enviar os meus às pessoas que me solicitaram. O melhor é que a postagem nos Correios para livros é mais acessível (registro módico).
Vale a pena conferir: http://www.livralivro.com.br/ pois, como disse Cecília Meireles

A literatura não é um passatempo.
É uma nutrição.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Faz de conta

Realmente o conhecimento relativo a infância me encanta. Gostar de ler e ser paga para isso, posso reclamar? Motivada pela necessidade em ler para obter conhecimento com vistas a multiplicá-lo subsidiando sua aplicabilidade, fui envolvida pela essência literária no que concerne à psicanálise. Inicialmente minha colega formadora-ponta-firme foi expressando suas impressões extraídas do livro  A psicanálise dos contos de fadas de Bruno Betelheim. Quanta frustração, minha fantasia infantil foi murchando e o que mais me revoltou e ao mesmo tempo aguçou minha curiosidade foi a simbologia e ideologia contida nos contos de fadas, obviamente. Em dado momento expressarei alguns exemplos, mas neste, afirmo com convicção que não somente enquanto pais, mas profissionais da infância, necessitamos ampliar a qualidade literária, contando versões mais ricas e, senão originais, pelo menos mais detalhadas e recontadas por escritores de renome como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Tatiana Belinky e tantos outros. Enfim...
Analisando minha dedicação literária com meus filhos, comecei apurar meu olhar. Lembrando que minha filha tinha um vestido da Branca de Neve que eu havia comprado para que brincasse no carnaval da escola (coisa que nunca me chamou a atenção, entretanto neste ano, tive o olhar de diversão infantil e não em relação à origem carnavalesca), precisava aproveitá-lo antes que não servisse mais nela. Então, convidei-a para brincar: coloquei um CD de música infantil, ela vestiu seu vestido de princesa, calçou sua sapatilha, pediu-me que me caracterizasse também sendo que prontamente o fiz com apetrechos como echarpes brilhantes, bijouterias, maquiagem (ela me maquiou). Então, juntamos todos os brinquedos e objetos de princesa e ela imaginou uma loja. Eu, como a Chapeuzinho Vermelho estava passeando pela floresta quando, fugindo do lobo, entrei em sua lojinha ficando extasiada com tantos objetos lindos, e até comprando alguns. Travamos um bate-papo e a hora passou. Então, ela, a Branca de Neve, ligou para minha mãe (da Chapeuzinho Vermelho) avisando que eu chegaria mais tarde e que ela não se preocupasse. Troquei de CD, colocando a história da Cinderela, narrada por Silvio Santos. Minha filha interrompeu a narração dizendo que na história que conhecia não havia alguns dos personagens que Silvio citava. Como o objeto-símbolo da história de Cinderela é um sapatinho de salto, assim o fizemos. A Michele preferiu que eu fosse a Cinderela, então, novamente mudei o CD, colocando uma coletânea de músicas de vários países, que acompanhou a Revista Nova Escola em algum lugar do passado. Chamei meu filho para simular o príncipe, pensando que ele não aceitaria a brincadeira (já é adolescente). Fiquei surpresa pois no momento de receber a Cinderela em sua festa, o Marlon imitou um gesto do príncipe que eu já conhecia, mas que nunca tinha me chamado a atenção, o de ajoelhar e beijar a mão da princesa, veja só! Então, no momento do baile, a música que tocava era justamente uma música indígena, deixando o baile foi engraçadíssimo, visto que imitamos dança indígena e não uma valsa, como manda a tradição. Quando deu meia-noite, eu, Cinderela e Branca de Neve saímos às pressas do baile e descemos a escada da sala de nossa casa, como se fosse do castelo. Deixei o sapatinho no início da escada e o príncipe veio correndo e não nos alcançando, pegou um calçado chamando por Cinderela. Quando eu e minha filha olhamos para o topo da escada, demos muita gargalhada: ele segurava um tênis. Foi muito engraçado!
Ao final, nos abraçamos satisfeitos pela fantasia vivida e além disso, nosso elo foi fortalecido. Então, agradeço muito a Deus pelos meus filhos, tesouros da minha vida!
Espero que você professor, seja contagiado pela essência da criança e, que neste dia 28 de maio, nesta semana, promova ações que incentivem a fantasia, o faz de conta, a criatividade, pois, certamente deixará marcas na vida de seus alunos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Realização profissional

A rotina profissional que tenho vivido ultimamente não tem me favorecido folgas mentais. Minha ferramenta de trabalho tem sido o conhecimento e, para tal, tenho tido uma rotina intensa de pesquisas e leituras. O último tema abordado nas turmas foi LITERATURA. Nunca havia refletido sobre minha prática literária: errei bastante, poderia ter explorado a literatura muito mais do que fiz, poderia ter enriquecido tais momentos. Por outro lado, explorei bastante a leitura, não como um ritual literário, mas como prática pedagógica. Desenvolvi um projeto com uma turma de primeiro ano (ensino de oito) intitulado Chá de Letras. Profissionalmente foi gratificante: as crianças levavam rotineiramente livros para casa, diariamente consultavam livros dispostos em uma mesa na sala de aula após a conclusão da atividade - tinham total liberdade, liam do "jeito de criança", faziam propagandas de seus livros para que os colegas se interessassem por eles, enfim, havia uma sequência didática de trabalho além das ações. Fazíamos intercâmbio com outras salas, enviando-lhes convite (portador de texto trabalhado) para a tarde do chá de letras, em que as crianças contavam suas histórias no microfone para as outras. Alguns lutavam para ler, eu dava o maior apoio. Outras exibiam o livro e contavam a história, ao passo que outras inicialmente, inibiam-se diante dos colegas sendo que conforme a prática, superavam tal inibição. A sala convidada também contava suas histórias e, uma das professoras utilizou o violão, enriquecendo o momento. A autonomia e confiança oportunizadas aos alunos despertavam segurança estimulando-os a entender a leitura como um passatempo prazeroso.  Hoje, tenho convicção que, mesmo que nem todos os alunos tenham tido oportunidade com a família e nas séries seguintes de vivenciar o valor da leitura, em alguns deles plantei a semente. Portanto, como afirma Cecília Meireles, a leitura passa a ser uma nutrição e não apenas um passatempo.

domingo, 17 de abril de 2011

Retomada

Quanto tempo... Estou ressentida por não ter tido tempo e concentração suficiente para postar minha prática profissional. Há dois meses minha vida pessoal deu uma reviravolta e ainda estou a enfrentar alguns turbilhões, mas o Deus que eu creio está comigo, posso confiar.
Bom, meu trabalho mudou um pouco o foco em relação à minha responsabilidade até o ano anterior como coordenadora de um centro de educação infantil. Na escola, o coordenador age de variadas formas, atendendo à inúmeras situações. Ele é polivalente. Hoje, trabalho quase exclusivamente com formação de professores, na secretaria da educação. A rotina é, de certa forma estática, pois não circulo como na escola. Entretanto, há muitas reuniões que visam subsidiar e fortalecer o trabalho na unidade escolar, sempre tendo como foco a qualidade do trabalho docente, resultando portanto, uma educação que permite à criança, ser feliz.
Somos, eu e minha colega de trabalho, responsáveis pela educação infantil, atendendo 180 professores desde o berçário até a 2ª fase. Nossa principal função é a fundamentação teórica e sua aplicabilidade em sala de aula. Veja, sendo nossa formação de tema Movimento, por exemplo, buscamos várias fontes de estudo e teóricos que abordam o assunto e organizamos a pauta que contempla como atividade permanente leitura de aprofundamento, atividade reflexiva, video ilustrativo, oficina e atividades complementares de  aplicação em sala de aula.
Sendo professoras, obviamente sabemos como funciona uma rotina em sala de aula, reconhecendo suas dificuldades e desafios. Porém, como afirma a missão da educação municipal, devemos atuar lançando mão de "práticas inovadoras", que respeitem a maturidade biológica das crianças, desafiando-as e atendendo suas necessidades.
"O professor autoritário, o professor silencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca."
Paulo Freire

sexta-feira, 11 de março de 2011

Arte esculpida

Adorei descobrir que Ivan Cruz também é escultor e o melhor, trata o mesmo tema, BRINCADEIRAS DE INFÂNCIA, vejam que lindas, assim como as pinturas:

                          
            Telefone de lata                                Pulando amarelinha                 Arapuca

                                
      Rodando pião                                                  Bambolê                          Bilboquê

                    
                  Ciranda                                          Carcunda                            Currupio

                                                                
                   Soltando pipa                                      Pé de lata                      Pulando carniça

                                         
              Puxando carrinho de lata                           Perna de pau                Pulando corda

quarta-feira, 9 de março de 2011

Assim que as coisas ficarem mais tranquilas em minha vida pessoal, terei concentração suficiente para postar, serei breve.

"Difícil não é lutar por aquilo que se quer,
e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti.
Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar,
e sim por não ter mais condições de sofrer."
Autor desconhecido

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Brincadeira de criança

Estou em dívida quanto a resposta da última postagem, em breve registrarei a devolutiva. Estou preparando o texto para o primeiro encontro de formação do CEAP - Coordenadoria de Estudos e Apoio Pedagógico - Educação Infantil que acontecerá amanhã, estou ansiosa. Passei o dia pesquisando e lendo e acabei encontrando estas obras de arte que me encantaram pela simplicidade, cor e tema: brincadeiras de infância. Vejam que lindas!
Bafo

Balanço

Boneca com carrinho

Currupinha

Jogo triângulo

Marimba
 

O artista é Ivan Cruz, que está de parabéns pelas obras!