Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


domingo, 24 de julho de 2011

Formação ADIs e professores

Na última quinta e sexta-feiras oferecemos na secretaria da educação a formação para os professores e ADIs  admitidos por concurso público e, no caso dos ADIs, de 300 vagas no concurso, apenas 45 foram aprovados, obrigando a secretaria a continuar com o contrato da maioria. Durante estes dois dias, tratamos de assuntos pertinentes à educação infantil desta rede  pública, a fim de articular ações que favoreçam o atendimento de qualidade. O tempo e a utilização dos espaços (áreas expressivas e cantinhos) - o brincar, a postura ideal do profissional de educação infantil, políticas públicas para a educação, música, movimento, literatura e natureza e sociedade foram explorados de maneira bastante suscinta dados a complexidade e o tempo escasso. O envolvimento foi produtivo, os coordenadores também participaram, bem como alguns representantes da supervisão.
Minha fala baseou-se fundamentalmente na credibilidade que o educador deve transmitir à comunidade escolar e no conhecimento que deve aprimorar constantemente, substanciando sua prática. Nesse viés, fatalmente atribuirá o merecido valor que a educação deve ter, além de apontar a educação infantil como imprescindível à criança, haja visto o que inúmeras pesquisas já apontam: a criança que frequenta a escola neste período da infância, terá mais chance  de ser um profissional de sucesso no futuro, se comparado àquela que não teve a mesma oportunidade. Além disso, saliento que há pouco tempo atrás, mesmo nós professores, ainda mantínhamos a concepção de que não era saudável a família depositar a educação do filho à escola desde cedo, ainda mais se este não tivesse ocupação. Hoje, a creche não atende apenas pais que trabalham. Do que a família ocupa-se durante o período que a criança passa na escola não diz respeito à mim. Minha obrigação é fazer até o impossível para que a criança que está sobre minha responsabilidade desenvolva-se integralmente. O que devo ter em mente é que a relação saudável que estabeçeço com a família apenas contribui com o meu trabalho. Rosto sisudo, mal humor, reclamações constantes no momento da saída são aspectos que distanciam o pai da escola e, consequentemente, um possível vínculo que certamente refletiria em ganho tanto para a escola, como para a criança, que é o motivo de nossa profissão. É sabido que a família necessita ter o elo estruturado, pois sabemos que o amor, o carinho e o cuidado são imprescindíveis à criança. Enfim, concluímos esta formação satisfeitíssimas e esperançosas de que tais concepções surtam efeito na escola e que, acima de tudo, o carinho, o tato, o respeito à expressividade infantil sejam enfatizados como uma premissa.